Vereador alerta para precarização do SISEMA e salários congelados há mais de 11 anos, reforçando apoio à greve e à valorização da categoria.
O vereador de Divinópolis, Vítor Costa (PT), denunciou nesta quinta-feira (11) o descaso do governo Romeu Zema com os servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SISEMA).
A categoria entrou em greve no dia 1º de setembro, por tempo indeterminado, em protesto contra salários congelados, sobrecarga de trabalho e condições precárias de atuação.
Segundo o parlamentar, os servidores são responsáveis por arrecadar cerca de R$ 1,2 bilhão por ano, mas enfrentam mais de 11 anos sem reajuste salarial.
Ele chamou a situação de inadmissível e alertou para os riscos ambientais causados pela sobrecarga e precarização.
“O governo se recusa a realizar concursos públicos, enfraquece a fiscalização e abre espaço para desmatamento e destruição das veredas em Minas Gerais”, afirmou.
Condições precárias e sobrecarga
Em diversas regiões, a situação é alarmante: 12 servidores atendem 70 municípios, enquanto três fiscais fiscalizam dezenas de cidades e empreendimentos.
O quadro estadual atual conta com apenas 1.353 servidores, quase metade do registrado em 2016, quando eram cerca de 2.400.
Apoio à greve
Durante sessão na Câmara de Divinópolis, Vítor Costa recebeu representantes do SISEMA, leu uma carta de apoio à categoria e encaminhou ofícios ao SINDSEMA e à ARSAE, reforçando seu compromisso com a pauta.
Ele destacou que a defasagem salarial supera 80% e que os trabalhadores atuam em condições precárias, prejudicando o monitoramento ambiental no Estado.
Importância estratégica dos servidores
Portanto, o vereador enfatizou a importância do trabalho dos servidores ambientais e da ARSAE, especialmente com o Brasil se preparando para sediar a COP 30.
“Não podemos chegar a esse evento internacional com o quadro do SISEMA tão debilitado. É um desrespeito aos profissionais e ao meio ambiente”, destacou.
Compromisso do mandato
Portanto, Vítor Costa afirmou que seguirá apoiando a greve e as reivindicações da categoria, reforçando que valorização, estrutura adequada e concursos públicos são essenciais para garantir a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável de Minas Gerais.