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Transporte Coletivo de Divinópolis; caos sem fim

Transporte Coletivo de Divinópolis; caos sem fim

Consórcio Transoeste, administrado pela Trancid, mantém passageiros reféns de ônibus quebrados, sujos e lotados.

Divinópolis, cidade que respira comércio, indústria e serviços, amarga todos os dias uma realidade vergonhosa: o transporte coletivo.

Operado pelo Consórcio Transoeste, administrado pela Trancid, o sistema que deveria facilitar a vida da população se tornou uma fonte contínua de frustração, atraso e indignação.

Trabalhadores, estudantes, idosos e pessoas com necessidades especiais enfrentam um serviço precário, caro e desrespeitoso, que ignora regras básicas de mobilidade urbana. Cada viagem é um teste de paciência, resistência e, muitas vezes, de dignidade humana.

“Acordo antes do sol nascer e ainda posso perder o trabalho. A Trancid não se importa com ninguém aqui”, desabafa Rita Soares, 38 anos, auxiliar administrativa.

A indignação da população cresce porque o serviço não apenas falha, mas se mantém inalterado. É como se o Consórcio Transoeste estivesse num universo paralelo, onde atrasos, ônibus quebrados e passageiros insatisfeitos não existem.

Atrasos crônicos: a rotina que paralisa

Um dos problemas mais recorrentes do transporte coletivo é o atraso constante. Passageiros esperam horas em pontos que não oferecem sequer abrigo adequado, enfrentando chuva, sol escaldante ou frio, sem qualquer garantia de que o ônibus chegará no horário previsto.

“Eu passo mais tempo esperando ônibus do que trabalhando. É humilhante. Já perdi três consultas médicas só este mês por causa desse atraso”, afirma Carlos Mendes, 45 anos, técnico em manutenção industrial.

Os atrasos não são raros nem ocasionais. Eles são sistemáticos, praticamente diários, atingindo linhas centrais e periféricas.

A população se vê obrigada a sair de casa muito antes do necessário, planejando o dia inteiro em função de um transporte que não cumpre sua função.

“Sair de casa sem margem de atraso é impossível. O ônibus sempre quebra ou atrasa. A gente nunca sabe quando vai chegar”, lamenta Mariana Alves, 28 anos, estudante universitária.

Ônibus quebrados: sucata sobre rodas

A situação se agrava quando os veículos apresentam problemas mecânicos. É comum que ônibus quebrem no meio do trajeto, deixando passageiros à mercê do tempo e do trânsito.

“Na semana passada, o ônibus parou no meio da Avenida Paraná. Fiquei preso ali por quase uma hora. Quando finalmente veio outro, estava tão lotado que mal consegui entrar”, conta Lucas Henrique, 29 anos, estudante de engenharia.

Portanto, além da falta de manutenção, a idade da frota contribui para o problema. Muitos ônibus circulam há mais de 15 anos, com peças desgastadas, bancos rasgados, janelas quebradas e odores insuportáveis.

“Você entra num ônibus e sente cheiro de mofo, de sujeira, e ainda tem gente em pé, apertada. É revoltante”, desabafa Ana Paula, 21 anos, estudante de enfermagem.

Lotação extrema: transporte de gado, não de pessoas

Outro ponto crítico é a superlotação. Em horários de pico, passageiros se amontoam nos veículos, muitos viajando em pé, sem espaço para respirar, enquanto outros são obrigados a esperar o próximo ônibus, que pode levar minutos ou até horas para chegar.

“Parece que estamos sendo transportados como gado. Não existe respeito pelo passageiro. A Trancid deveria ter vergonha”, critica Fernando Lima, 32 anos, motorista de aplicativo.

A superlotação não é apenas desconfortável é perigosa. Passagens apertadas, empurrões e risco de acidentes se tornam rotina, e passageiros se queixam da insegurança que enfrentam diariamente.

“Fui empurrada e quase caí na porta do ônibus. Se tivesse acontecido algo, quem seria responsável? Ninguém”, relata Sílvia Campos, 40 anos, professora.

Cartão Divipass: desorganização e frustração

O cartão Divipass, ferramenta essencial para acessar o transporte coletivo, é outro foco de crítica. Muitos pontos de venda não têm o cartão disponível, ou o saldo não é atualizado corretamente, obrigando os passageiros a procurar diferentes locais e perder tempo precioso.

“Gastei mais de uma hora rodando a cidade atrás de um cartão que funcionasse. No final, perdi o ônibus e tive que esperar o próximo. Isso é inadmissível”, explica Fernanda Gomes, 27 anos, vendedora.

Essa falta de organização evidencia a desconsideração do consórcio com a população. É um sistema que sobrecarrega o usuário, ao invés de facilitar sua vida.

Sujeira e falta de manutenção

A limpeza dos veículos também é criticada. Passageiros relatam ônibus sujos, com assentos com poeira, pisos e janelas encardidas. O ambiente insalubre agrava a sensação de desconforto e desrespeito.

“Você entra no ônibus e sente que está sendo punido. Sujeira por todo lado, bancos rasgados e cheiro insuportável. Não é transporte, é castigo”, diz Jéssica Carvalho, 34 anos, auxiliar de escritório.

Além da higiene, a falta de manutenção mecânica é evidente. Pneus, freios com problemas e portas emperradas contribuem para o risco de acidentes.

“Um amigo quase caiu quando a porta emperrou. Isso é inaceitável para qualquer serviço público”, afirma Rafael Santos, 30 anos, analista de sistemas.

Tarifa alta: desrespeito financeiro

Portanto, se a qualidade é baixa, o valor da passagem é alto. Além disso, passageiros pagam caro por um serviço que não cumpre sua função, aumentando a sensação de revolta.

“É um roubo legalizado. Pagar caro por esse serviço é simplesmente um desrespeito”, critica José Fernandes, 50 anos, pedreiro.

Além disso, o custo da tarifa combinado com a baixa qualidade do transporte aumenta a frustração e o sentimento de abandono.

A omissão da Trancid

Além disso, apesar das constantes reclamações, a Trancid mantém-se inerte. Não há respostas efetivas às críticas, nem planos visíveis para melhorar o transporte. Portanto, a população percebe que a empresa não respeita quem depende do serviço.

“Eles fingem que não existe problema. Continuam cobrando caro e entregando sucata. É um descaso completo”, afirma Rita Soares, 38 anos.

Portanto, a inércia da Trancid fortalece a percepção de impunidade. Passageiros sentem-se abandonados, reféns de um serviço que não funciona.

Impacto social: a cidade refém do transporte coletivo

Portanto, o caos do transporte coletivo de Divinópolis afeta diretamente a vida da população. Trabalhadores chegam atrasados, estudantes perdem aulas, pacientes deixam de ir a consultas médicas. Cada falha do sistema gera consequências reais e imediatas.

“Já perdi oportunidades de emprego por causa desse transporte. Como confiar em um sistema que não cumpre horários nem regras básicas?”, questiona Carlos Mendes, 45 anos.

Uma cidade cansada de esperar

Portanto, Divinópolis precisa de transporte coletivo eficiente, seguro e digno. O Consórcio Transoeste, administrado pela Trancid, entrega exatamente o oposto, atraso, humilhação e descaso.

“Não é apenas um problema de logística, é um desrespeito com a nossa cidade e com as pessoas que a fazem funcionar todos os dias”, finaliza Ana Paula, 21 anos.

Portanto, a população não pode continuar refém de um serviço que ignora direitos básicos, cobra tarifas abusivas e oferece veículos sucateados.

Além disso, o transporte coletivo da cidade não é mobilidade urbana é um escárnio diário que precisa acabar.

O subsídio da Prefeitura

Portanto, a Prefeitura de Divinópolis até tenta fazer a sua parte. Recentemente, destinou subsídio milionário para manter o sistema funcionando, garantindo que a tarifa não explodisse ainda mais no bolso da população. No entanto, o que deveria ser alívio soa mais como remendo em buraco sem fundo.

Além disso, o aporte financeiro público, pago com o dinheiro do contribuinte, não resultou em melhorias palpáveis. Passageiros continuam enfrentando ônibus quebrados, atrasos diários, sujeira e humilhação.

Portanto, enquanto a Prefeitura tenta estancar a sangria, a Trancid permanece imóvel, provando que o problema não é apenas de tarifa, mas de gestão, de compromisso e de respeito.

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