Home / Notícias / Operação da Receita mira postos em Divinópolis suspeitos de sonegação de impostos

Operação da Receita mira postos em Divinópolis suspeitos de sonegação de impostos

Operação da Receita mira postos em Divinópolis suspeitos de sonegação de impostos

A Receita Estadual investiga irregularidades em 89 postos de combustíveis de Divinópolis e 13 cidades mineiras suspeitos de sonegação por meio de máquinas de cartões irregulares.

A Receita Estadual de Minas Gerais deflagrou nesta terça-feira (7) uma grande operação de fiscalização contra fraudes fiscais em postos de combustíveis. A ação, batizada de “(PÓS)tumos”, alcançou 89 postos em Divinópolis e outros 13 municípios mineiros, todos com indícios de sonegação de impostos por meio de máquinas de cartão não vinculadas às empresas.

Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG), as investigações apontaram que diversos estabelecimentos emitiram notas fiscais entre abril e junho de 2025, mas não registraram movimentação de cartões no mesmo período. Esse descompasso entre emissão de notas e recebimento de pagamentos indica o uso de maquinários clandestinos, prática que mascara o faturamento real e causa prejuízos milionários à arrecadação estadual.

Divinópolis no centro das apurações

A cidade de Divinópolis, um dos principais polos econômicos do Centro-Oeste mineiro, tornou-se o foco da operação devido à quantidade expressiva de postos sob suspeita. Agentes da Receita Estadual visitaram estabelecimentos em diferentes regiões da cidade para verificar documentos, sistemas de pagamento e o uso de equipamentos de cartões.

A operação teve caráter simultâneo, mobilizando equipes também em Uberlândia, Belo Horizonte, Manhuaçu, Muriaé, Poços de Caldas, Passos, Varginha, Teófilo Otoni, Extrema, Juiz de Fora, Contagem, Uberaba e Patos de Minas.

Irregularidades graves e impacto econômico

Segundo o secretário de Estado de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, o esquema fraudulento prejudica empresários honestos e engana consumidores, criando uma concorrência desleal no setor de combustíveis.

“Esse tipo de irregularidade afeta diretamente a arrecadação pública, além de penalizar quem trabalha dentro da lei. A operação é essencial para evitar perdas significativas aos cofres do Estado”, afirmou o secretário.

Segundo ele, as ações de fiscalização visam recuperar valores sonegados e estabelecer um ambiente mais justo e transparente para o mercado.

Fiscalização ampliada e apoio ao consumidor

A operação faz parte de uma série de medidas adotadas pela SEF-MG para intensificar o combate à sonegação fiscal. Em paralelo às fiscalizações, o governo reforça a campanha Nota Fiscal Mineira, que incentiva o consumidor a exigir o documento fiscal com CPF nas compras de combustíveis.

A campanha, além de promover a transparência, também oferece recompensas financeiras. Quem solicitar a nota com CPF concorrerá a um prêmio de R$ 50 mil, cujo sorteio está previsto para 20 de outubro.

Orientação ao consumidor

O secretário Luiz Claudio Gomes reforçou que a participação da população é fundamental para coibir as fraudes. Ele explicou que o cidadão deve verificar se o CNPJ no comprovante do cartão é o mesmo do posto de combustível.

“Cabe ao consumidor exigir a nota fiscal ao abastecer e, ao receber o comprovante de pagamento por cartão, conferir o CNPJ impresso. Se houver discrepância ou indícios de fraude, deve denunciar à fiscalização”, orientou.

As denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio dos canais oficiais da Secretaria de Fazenda, que mantém equipes especializadas para investigar irregularidades.

Ações contínuas e sigilo dos investigados

Embora a operação tenha alcançado quase uma centena de estabelecimentos, a Receita Estadual não divulgou os nomes dos postos fiscalizados. Além disso, a medida visa preservar o andamento das investigações, que seguem em sigilo até a conclusão da análise dos documentos e das máquinas apreendidas.

Além disso, fontes ligadas à fiscalização afirmam que, em casos comprovados de fraude, os responsáveis poderão responder por crimes tributários, além de pagar multas e restituições.

Sonegação que afeta toda a sociedade

A SEF-MG reforça que a sonegação fiscal afeta diretamente os serviços públicos, pois reduz os recursos destinados à saúde, educação e segurança. Portanto, o Estado busca intensificar as ações de inteligência fiscal, utilizando cruzamento de dados eletrônicos e sistemas automatizados para identificar irregularidades em tempo real.

Especialistas destacam que operações como a “(PÓS)tumos” ajudam a recuperar a credibilidade do setor de combustíveis, frequentemente marcado por denúncias de fraudes. A meta é garantir que cada litro vendido gere impostos devidamente recolhidos, revertendo o montante à sociedade.

O que esperar após a operação

As fiscalizações em Divinópolis e nas demais cidades mineiras devem continuar nas próximas semanas. Técnicos da Receita analisarão relatórios de transações financeiras e notas fiscais eletrônicas para confirmar os indícios.

Além disso, caso confirmadas as irregularidades, os estabelecimentos poderão sofrer autuações, bloqueio de CNPJs e até cassação de alvarás.

Portanto, a operação “(PÓS)tumos)” reforça o compromisso do governo estadual em garantir transparência nas relações comerciais e proteger o consumidor mineiro de práticas ilegais.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *