Daniel Gondim, de 25 anos, natural de Itapecerica, desapareceu na Ilha de Itaparica. Após o sumiço, o perfil dele nas redes sociais publicou mensagens ligadas ao Comando Vermelho.
O desaparecimento de Daniel Gondim, de 25 anos, comoveu familiares e despertou a atenção das autoridades da Bahia e de Minas Gerais.
O jovem, natural de Itapecerica, na Região Centro-Oeste de Minas, desapareceu na Ilha de Itaparica após relatar que estava sendo ameaçado.
Poucas horas depois, a rede social dele publicou uma mensagem misteriosa, citando o Comando Vermelho (CV), o que reforçou o temor de que ele tenha sido sequestrado por criminosos.
O último contato e o pedido de socorro
A mãe de Daniel, Raquel, contou em entrevista que mantinha contato diário com o filho. O último diálogo aconteceu na quarta-feira, 8, por volta das 16h31. Antes de desaparecer, o rapaz ligou apavorado, relatando que um homem o cobrava R$ 1 mil. Raquel fez o Pix, acreditando que resolveria o problema. Quinze minutos depois, outro pedido surgiu, dessa vez exigindo R$ 2 mil.
Durante a ligação, um homem pegou o telefone e ameaçou a mãe. Disse que Daniel “devia cerca de dez mil reais” e que algo pior aconteceria se o dinheiro não fosse pago. Aflita, Raquel tentou negociar. Pouco depois, os supostos sequestradores enviaram uma foto do jovem com uma arma apontada para a cabeça.
“Eles mandaram a imagem dele com um revólver na testa. Fiquei desesperada. Ele pedia para eu arrumar o dinheiro porque estava entre a vida e a morte”, relatou a mãe, emocionada.
Facção assume perfil e aumenta o medo
Horas depois, uma postagem surgiu no Instagram de Daniel. “Não sou trabalhador, mas não sou bandido. Comando Vermelho, agora CV.”
A publicação chocou familiares e amigos. Segundo Raquel, o texto não escrito pelo filho. “Está claro que os criminosos assumiram a conta dele. Até a foto de perfil foi alterada”, contou.
A família enviou as informações à Polícia Civil, que rastreou o local da postagem. No entanto, os suspeitos já haviam deixado o endereço identificado. Desde então, não houve mais contato.
Vida de trabalho e esperança interrompida
Daniel vivia entre Salvador e Itaparica havia cerca de três anos. Trabalhava com rifas e vendas de roupas de cama e tecidos. Conhecido por ser esforçado e educado, havia deixado Minas Gerais em busca de oportunidades melhores na Bahia.
Segundo a mãe, o filho escolheu morar em Itaparica porque considerava Salvador perigosa. “Ele estava feliz, se estabilizando, fazendo amizades. Nunca se envolveu com nada errado”, garantiu.
Mãe clama por ajuda
Em um vídeo divulgado pelo programa Balanço Geral, Raquel fez um apelo comovente. “Estamos desesperados. As polícias estão investigando, mas precisamos de informações. Qualquer ajuda é bem-vinda”, disse.
Ela reforçou que toda a família acompanha as redes sociais na esperança de uma nova pista. “A gente quer saber dele. O coração de mãe sente, e eu sinto que ele está vivo. Mas o medo é enorme”, desabafou.
Polícia investiga o caso
A Polícia Civil da Bahia conduz as investigações sobre o desaparecimento e o possível sequestro. O veículo de Daniel teria sido visto circulando na região de Itaparica, mas testemunhas afirmam que não era ele quem dirigia. A suspeita é de que os criminosos estejam com o carro e com o jovem.
A mãe informou que parentes já saíram de Minas para acompanhar as buscas de perto. Portanto, até o momento, a polícia não divulgou novas informações sobre o paradeiro de Daniel nem confirmou oficialmente o envolvimento da facção.
Caso ganha repercussão nacional
Portanto, o desaparecimento gerou grande repercussão após a divulgação na TV e nas redes sociais. Internautas têm compartilhado fotos do rapaz e pedido por informações que possam ajudar nas buscas.
Além disso, enquanto isso, Dona Raquel vive um dos momentos mais difíceis de sua vida. “Quero meu filho de volta. Só quero poder abraçá-lo de novo”, disse, entre lágrimas.
