Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o som dos disparos que mataram dois adolescentes e feriram outro em frente a uma escola em Pompéu.
O som dos tiros ecoou pelo bairro Santo Antônio, em Pompéu, e transformou uma tarde comum em uma cena de horror. Dois adolescentes, de 14 e 15 anos, morreram e outro, de 17, ficou ferido após serem alvos de um ataque a tiros nesta quinta-feira (25). O crime aconteceu em frente a uma escola municipal, o que aumentou o pânico entre moradores e pais de alunos.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), os jovens estavam na rua quando um carro se aproximou e parou. “Os suspeitos desembarcaram e atiraram várias vezes contra os três garotos”, informou um policial que participou do atendimento da ocorrência. Em seguida, os criminosos fugiram rapidamente.
A cena chocou quem passava pelo local. Moradores relataram momentos de desespero e medo. “A gente só ouviu os disparos e depois os gritos. Foi terrível”, contou uma testemunha, que preferiu não se identificar.
Logo após o ataque, equipes da PM iniciaram uma intensa busca pelos autores. Pouco tempo depois, o veículo usado no crime foi encontrado abandonado. A perícia técnica acionada para recolher provas que possam ajudar na investigação.
O adolescente de 17 anos, único sobrevivente do ataque, socorrido e levado para atendimento médico. Até o fim da noite, ainda não havia atualização sobre o estado de saúde dele.
Durante as apurações, a PM confirmou que os três jovens tinham envolvimento com o tráfico de drogas na região. Essa informação reforça a suspeita de que o crime possa ter sido motivado por disputas entre grupos criminosos locais.
Prefeitura de Pompéu
A Prefeitura de Pompéu emitiu uma nota logo após o ocorrido. No comunicado, a administração esclareceu que os adolescentes não estudavam na escola que fica em frente ao local do ataque. “A instituição atende exclusivamente crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano)”, destacou o texto.
Mesmo assim, o episódio provocou medo e indignação entre pais e funcionários da unidade escolar. As aulas precisaram ser interrompidas, e a direção ofereceu apoio psicológico às famílias das crianças que presenciaram o movimento policial.
Além disso, o clima na cidade é de luto e revolta. Moradores cobram mais segurança e pedem reforço no policiamento. “A violência está tomando conta. Não dá mais para sair de casa tranquilo”, desabafou uma moradora do bairro.
Enquanto isso, as investigações continuam. A Polícia Civil tenta identificar os autores e entender o que motivou o ataque. “Nosso objetivo é localizar os responsáveis e dar uma resposta rápida à sociedade”, afirmou um investigador.
Portanto, a tragédia reacende o debate sobre o avanço da criminalidade entre adolescentes e a falta de políticas públicas de prevenção. Em Pompéu, a dor das famílias e o medo dos moradores mostram que o problema vai além das estatísticas.