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Deputada Lohanna exige retirada do Hospital Regional de Divinópolis do Propag

Deputada Lohanna exige retirada do Hospital Regional de Divinópolis do Propag

Durante reunião da Comissão de Administração Pública, Lohanna reforçou que o hospital deve servir ao povo do Centro-Oeste e não abater dívidas estaduais.

A deputada estadual Lohanna (PV) voltou a defender, nesta quarta-feira (29), a retirada do Hospital Regional de Divinópolis da lista de imóveis incluídos no Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag). A parlamentar levou o tema à reunião da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que contou com a presença da secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Sílvia Listgarten. O debate faz parte da análise do Projeto de Lei (PL) 3.733/25, que autoriza a transferência de bens do Estado para a União.

Durante sua fala, Lohanna reforçou que o hospital não pode ser tratado como ativo financeiro negociável para quitar parte da dívida.

Segundo ela, já existe um acordo de cooperação técnica firmado entre o Estado, a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para transformar o Hospital Regional de Divinópolis em um hospital-escola federal.

“O governo do Estado já assumiu um acordo de cooperação com a Ebserh e com a UFSJ para viabilizar o funcionamento do Hospital Regional de Divinópolis. Nenhuma reunião ou esforço será suficiente se o hospital continuar no Propag. Precisamos garantir que essa estrutura sirva ao povo do Centro-Oeste, como planejado desde o início”, afirmou a deputada.

Lohanna lembrou que o termo de cooperação prevê o compromisso do Estado em utilizar todos os esforços para garantir, após a conclusão das obras, a doação imóvel à universidade.

Hospital universitário

Portanto, ela alertou que a inclusão do hospital no Propag ameaça esse processo e coloca em risco a criação do hospital universitário.

“O termo vigente e precisa cumprido. Não é uma lista de desejos, é um compromisso feito entre o Estado, a UFSJ e a Ebserh”, destacou. A parlamentar autora de uma emenda ao PL 3.733/25 que propõe retirar o hospital da lista de bens transferidos. Essa emenda votada antes que o projeto siga ao plenário da Assembleia.

Para a deputada, o governo estadual dá sinais contraditórios ao tentar usar o hospital como moeda de troca na renegociação das dívidas. Ela classificou a atitude como um desrespeito com a população do Centro-Oeste mineiro.

“O Estado se comprometeu a doar o hospital, mas agora tenta usá-lo para abater a dívida, o que passa uma impressão de má-fé. Este é um momento decisivo para garantir que o governo federal inclua os custos do hospital no orçamento da União. A discussão precisa tratada com a seriedade que o tema exige”, enfatizou.

Além disso, caso a retirada do hospital do Propag não ocorra, será impossível avançar com as tratativas junto aos deputados federais e ministérios responsáveis.

Ela reforçou o impacto direto da medida sobre a saúde pública e a vida de mais de dois milhões de pessoas que vivem na região.

“A gente sequer vai ter forças para fazer essa discussão com os deputados federais se essa transferência não for feita. É uma questão que impacta diretamente a saúde e a vida dos mais de 2 milhões de moradores da região Centro-Oeste, onde o Zema teve a maioria dos votos”, concluiu a deputada.

Além disso, a proposta de Lohanna ainda passará pela Comissão antes de seguir para votação em plenário. Portanto, o tema continua gerando grande mobilização entre lideranças políticas.

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