Com carisma e irreverência, Paulo Soares conquistou o público e marcou a história do jornalismo esportivo brasileiro ao lado de Antero Greco.
O jornalismo esportivo amanheceu de luto nesta segunda-feira (29). Morreu, aos 63 anos, o jornalista e apresentador Paulo Soares, conhecido por todo o Brasil como “Amigão”. Carismático, irreverente e dono de uma voz marcante, ele conquistou o público com um estilo único de narrar e comentar o esporte.
Paulo Soares faleceu em São Paulo, após um período internado no Hospital Sírio-Libanês. Amigos próximos confirmaram que ele enfrentava problemas de saúde relacionados à coluna e à obesidade. A causa da morte não foi divulgada. O velório ocorre nesta segunda-feira, entre 13h e 17h, no Funeral Home, na Bela Vista, capital paulista.
Uma trajetória de paixão e autenticidade
Desde cedo, o “Amigão” mostrou que sua vocação estava no rádio. Aos 15 anos, iniciou sua trajetória na Rádio Ararense, em Araras, interior de São Paulo. Seu talento o levou rapidamente a grandes emissoras, como Rádio Record, Gazeta, Globo, Bandeirantes e Estadão.
Foi na Record, nos anos 1990, que nasceu o apelido que o acompanharia por toda a vida. “Amigão da Galera” era mais do que um bordão: era uma identidade. Paulo se conectava com o público de maneira única, transmitindo emoção e espontaneidade a cada palavra.
A consagração na ESPN
Em 1994, Paulo Soares ingressou na TVA Esportes, que se transformou em ESPN Brasil no ano seguinte. Lá, viveu os momentos mais marcantes de sua carreira. Ao lado de Antero Greco, formou uma das duplas mais queridas da televisão brasileira.
Juntos, apresentaram o SportsCenter por mais de 20 anos. No ar, os dois mostravam mais do que jornalismo esportivo: transmitiam amizade, leveza e humor. A irreverência da dupla conquistou gerações e transformou o programa em um símbolo da ESPN.
Portanto, em uma de suas entrevistas, Paulo lembrou com emoção os bastidores com Antero: “A gente não fazia só um programa, a gente se divertia com o que amava.”
Companheirismo que virou história
Portanto, a parceria com Antero Greco ultrapassou os estúdios. Quando o colega enfrentou um câncer no cérebro, Paulo o acompanhou com afeto e solidariedade. Além disso, em 2024, com a saúde de Antero já fragilizada, o “Amigão” revelou com voz embargada que o amigo vivia seus “dias finais”.
Pouco tempo depois, Antero Greco faleceu, deixando um vazio imenso na ESPN e no coração dos fãs. Agora, o silêncio volta a tomar conta da emissora, com a partida de Paulo Soares. Além disso, a dupla que marcou o fim das noites de tantos brasileiros se reencontra, como muitos fãs disseram nas redes sociais, “no grande estúdio lá do céu”.
Uma voz que não se cala
Mesmo afastado da televisão nos últimos anos, Paulo Soares seguia querido pelo público e respeitado pelos colegas. Portanto, sua voz inconfundível ecoava nas transmissões antigas, nos vídeos de arquivo e nas lembranças de quem cresceu ouvindo seus bordões.
Para muitos, ele foi mais que um narrador. Foi um amigo invisível, presente nas madrugadas esportivas, nas risadas e nos momentos de emoção. Além disso, “Amigão” tinha o dom de transformar o esporte em conversa de bar, em carinho, em proximidade.
O legado do “Amigão”
Portanto, a morte de Paulo Soares encerra um ciclo dourado do jornalismo esportivo brasileiro. Sua trajetória mostra que a irreverência pode caminhar com a credibilidade, e que a paixão pelo esporte é a alma de qualquer boa narração.
Além disso, enquanto a TV se despede, os fãs eternizam sua voz em memórias e vídeos. Seu “boa noite, galera!” seguirá ecoando na lembrança de quem, por anos, esperou o SportsCenter para encerrar o dia com um sorriso.
Portanto, Paulo Soares partiu, mas o Amigão continuará vivo em cada risada, em cada replay, em cada história de amor pelo futebol.
