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Exclusivo: “Governador prometeu, mas não cumpriu”, dispara deputada Lohanna França sobre Hospital Regional

Exclusivo “Governador prometeu, mas não cumpriu”, dispara deputada Lohanna França sobre Hospital Regional

Em entrevista exclusiva ao Centro-Oeste Agora, a deputada estadual Lohanna França (PV) cobrou a entrega do Hospital Regional, criticou a PEC do “Cala a boca” e revelou planos para 2026.

“Governador prometeu, mas não cumpriu”, dispara deputada Lohanna França sobre o Hospital Regional Em entrevista exclusiva ao Centro-Oeste Agora, a deputada estadual Lohanna França (PV) fez duras críticas ao governo de Romeu Zema (Novo) e abordou temas que mexem com o futuro de Minas Gerais.

Como a doação do terreno do Hospital Regional de Divinópolis, a PEC da Copasa, e as eleições de 2026. Durante a conversa, a parlamentar reafirmou sua atuação em defesa da população e cobrou resultados concretos do Governo Estadual.

Logo no início, Lohanna fez questão de relembrar a sequência de promessas não cumpridas por Zema. “O governador prometeu a doação do hospital em maio de 2024. Essa é a segunda vez que ele promete o mesmo. Se prometer mais uma vez sem entregar, pode até pedir música no Fantástico”, ironizou.

A deputada explicou que a simples promessa por vídeo ou ligação não garante a legalidade da transferência. “Vídeo ou ligação de telefone não são mecanismos de doação de terreno público. O mecanismo correto é administrativo, passa pela Assembleia, e até agora o governador não enviou o projeto”, afirmou.

Ela destacou que, enquanto o governo estadual não encaminha o processo, tramita na Assembleia o projeto de lei 4690, que garante a doação do hospital à Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). “O que importa é que o governo faça o trânsito administrativo que precisa fazer. A UFSJ tem conduzido uma campanha essencial e deve ser reconhecida como protagonista dessa conquista”, reforçou.

Crítica direta a Zema e cobrança de compromisso com o Centro-Oeste

Durante a entrevista, Lohanna lembrou que o hospital está em estágio avançado, mas reforçou que o processo de doação é fundamental. “Eles já colocaram iluminação e sistema de incêndio. São fases finais de obra, mas o hospital precisa ser entregue oficialmente à universidade”, disse.

A parlamentar cobrou também coerência da classe política local. “Divinópolis virou o epicentro do poder político em Minas, mas esse poder não consegue garantir a entrega do hospital. Se o governador fosse de esquerda, o prefeito Gleidson Azevedo já teria feito dancinha de protesto no TikTok”, provocou.

Segundo Lohanna, o governo precisa respeitar a população e não usar o hospital como manobra eleitoral. “O Estado não pode deixar o hospital refém de promessas. Já se passaram dez dias da nova promessa e nada chegou à Assembleia”, afirmou, defendendo que o Legislativo siga com o projeto de doação próprio.

PEC do “Cala a boca” e luta contra a privatização da Copasa

Outro ponto central da entrevista foi a PEC do Cala a boca, aprovada pela Assembleia, que retira a exigência de consulta popular sobre a privatização de empresas estatais. “Essa PEC é um retrocesso. Ela tira o direito do povo de opinar sobre a venda da Copasa, CEMIG e outras estatais”, criticou.

Apesar da aprovação, a deputada destacou que ainda há espaço para resistência. “No primeiro turno, o governo teve 52 votos; no segundo, 48, o mínimo necessário. Essa redução fruto da pressão popular, dos sindicatos e da imprensa. A luta não acabou”, garantiu.

Pré-candidatura federal e eleições de 2026

Ao falar sobre o futuro político, Lohanna se mostrou confiante. “Fui eleita vereadora em 2020 e deputada estadual em 2022 com apoio de pessoas que acreditam em um projeto coletivo. Ninguém é candidato sozinho. As pessoas precisam acreditar no que você representa”, disse.

Além disso, a deputada confirmou sua pré-candidatura a deputada federal em 2026. “Quero fortalecer as vozes da cultura, das mulheres, do meio ambiente e da educação pública gratuita e de qualidade. Precisamos de representantes que defendam direitos reais, não só palavras escritas na Constituição”, destacou.

Avaliação do cenário político em Minas

Além disso, Lohanna também analisou os possíveis cenários eleitorais no Estado. “O vice-governador Matheus Simões é pré-candidato ao governo, e não dá pra subestimar o peso da máquina. Mas o governo Zema não fez nada expressivo por Divinópolis. A única obra é o Hospital Regional, e mesmo assim com dinheiro da Vale, não com recursos da boa gestão”, disparou.

Portanto, ela também comentou sobre o senador Cleitinho Azevedo. “Muita gente achava que ter um senador de Divinópolis faria diferença. Mas qual foi a grande conquista dele? Emenda parlamentar não exige esforço político. Ele não se envolveu na renovação das ferrovias, na Copasa, nem no Propag. Como quer ser governador se não participa das discussões reais do Estado?”, questionou.

Para o campo político progressista, Lohanna defende nomes fortes. “Eu apoio o senador Rodrigo Pacheco. Ele entende profundamente a situação fiscal de Minas e foi autor do Propag. Também há bons nomes como a prefeita Marília Campos, de Contagem”, completou.

Além disso, durante toda a entrevista, Lohanna França mostrou firmeza e clareza política. Reafirmou sua postura crítica, cobrou coerência dos governantes e se posicionou como uma das principais vozes de oposição na Assembleia. “O hospital precisa sair do papel, o povo não aguenta mais promessa. A hora de agir é agora”, finalizou.

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