Cessar-fogo e acordo sobre reféns, parte do plano de paz de Donald Trump, reacendem esperança após anos de conflito sangrento em Gaza.
Israelenses e palestinos celebraram, nesta quinta-feira (9), o anúncio de um cessar-fogo e de um acordo sobre reféns, marcando a primeira fase da iniciativa de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltada para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
A trégua foi recebida com emoção nas duas regiões, após anos de confrontos e milhares de vítimas. Mesmo com ataques ainda sendo registrados, o clima nas ruas começou a mudar. De acordo com informações oficiais, os bombardeios devem cessar em até 24 horas após a assinatura do acordo, que ainda não foi formalizado, mas já provoca esperança.
Faixa de Gaza
Na Faixa de Gaza, onde mais de dois milhões de pessoas vivem deslocadas em meio à destruição provocada pelos ataques israelenses, o anúncio foi recebido como um sopro de alívio. Jovens e famílias saíram às ruas, muitas delas devastadas, para comemorar a possibilidade de paz.
“Graças a Deus pelo cessar-fogo, o fim do derramamento de sangue e das mortes. Não sou o único feliz, toda a Faixa de Gaza está feliz, todo o povo árabe. Todo o mundo está feliz com o cessar-fogo e o fim do derramamento de sangue”, declarou, morador de Khan Younis, no sul de Gaza.
Enquanto isso, em Israel, o sentimento também foi de alívio e emoção. Na chamada Praça dos Reféns, em Tel Aviv, famílias de pessoas capturadas pelo Hamas durante o ataque ocorrido há dois anos se reuniram para acompanhar as notícias e celebrar a possibilidade de reencontros.
Entre elas, estava Einav Zaugauker, mãe de Matan, um dos últimos reféns ainda em poder do grupo. Visivelmente emocionada, ela descreveu o momento como indescritível.
“Não consigo respirar, não consigo explicar o que estou sentindo… é uma loucura. O que eu digo a ele? O que eu faço? Abraço e beijo ele. Só digo que o amo, só isso. E ver seus olhos se fixarem nos meus… É avassalador esse é o alívio”, relatou.
Reaproximação
O acordo anunciado representa um marco na tentativa de reaproximação entre os dois lados, que vivem em guerra desde o início da ofensiva mais recente, marcada por destruição, bloqueios e centenas de milhares de vítimas civis.
Além disso, a mediação de Donald Trump marca um novo esforço diplomático dos Estados Unidos para tentar estabilizar o Oriente Médio. Fontes próximas ao governo norte-americano afirmam que esta é apenas a primeira fase do plano de paz.
Além disso, o plano prevê reconstrução humanitária, libertação gradual dos reféns e garantias de segurança bilateral.
Portanto, apesar do otimismo, observadores internacionais alertam que a implementação total do cessar-fogo depende da adesão plena das forças envolvidas e do cumprimento das cláusulas que ainda serão oficializadas.
Nas ruas de Gaza e Israel a esperança voltou a florescer ainda tímida, mas viva após anos de sofrimento, medo e perdas.










